Cavaco Silva compara críticas a Sá Carneiro em 1980 com a atual crise política

| 24 de Abril de 2025 às 18:27
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Cavaco Silva

Segundo o antigo chefe de Estado, Sá Carneiro foi alvo de uma “campanha de calúnias” por parte do Partido Socialista (PS) e do Partido Comunista Português (PCP). Ainda assim, sublinhou, a estratégia teve um efeito contraproducente.

O antigo Presidente da República Aníbal Cavaco Silva recordou esta quarta-feira que, em 1980, os ataques dirigidos ao então primeiro-ministro Francisco Sá Carneiro acabaram por ter um efeito contrário ao pretendido pela oposição, numa alusão implícita ao atual contexto político.

As declarações foram feitas durante a apresentação de um livro que compila textos de Francisco Sá Carneiro escritos no ano da sua morte, 1980. Cavaco Silva destacou a forma como o fundador do Partido Social Democrata (PSD) conquistou a primeira maioria absoluta da Aliança Democrática (AD) nas legislativas de 1979, reforçando-a meses depois, já em 1980.

Segundo o antigo chefe de Estado, Sá Carneiro foi alvo de uma “campanha de calúnias” por parte do Partido Socialista (PS) e do Partido Comunista Português (PCP). Ainda assim, sublinhou, a estratégia teve um efeito contraproducente.

“Com a aprovação da moção de confiança, Sá Carneiro queria que ficasse bem vincado que a Assembleia da República, pela positiva e expressamente, considerava que o Governo merecia a sua confiança e tinha as condições para executar de forma cabal o seu programa”, afirmou Cavaco Silva.

Numa nota mais pessoal, o ex-presidente salientou ainda que “Sá Carneiro é a prova de que, em Portugal, a escolha da pessoa do primeiro-ministro é decisiva para o sucesso do Governo e para a resolução dos problemas do país”.