André Ventura
O líder do Chega considerou que devemos recordar "olhos nos olhos aquela mulher [Celeste Caeiro] e perceber que, depois de tanto cravo e tanta festa" acabou "abandonada".
O Presidente do Chega, André Ventura, criticou os deputados que vêm "com cravos ao peito" no Parlamento em vez de soluções para o país. Relembrando Celeste Caeiro, a mulher que distribuiu cravos pelos militares em 1974, que morreu "sozinha numa urgência que não lhe deu resposta", Ventura indicou que a democracia transformou a "corrupção fechada" em aberta.
Para o líder do Chega, Celeste Caeiro representa o caso das várias "Celestes do país inteiro", que "morrem nas urgências enquanto chegam a um posto dos correios e veem tudo a sacar subsídios menos eles e os seus filhos".
"Tornámo-nos um país em que os portugueses sabem e sentem que têm uma classe política corrupta ou corrompida, capaz de vender os seus interesses de decisão do país por interesses que são de terceiros. E era isto o que Abril deveria ter resolvido", defendeu.
Assim, André Ventura frisou que antes de podermos celebrar "o que é vazio e que não interessa a ninguém", devemos recordar "olhos nos olhos aquela mulher [Celeste Caeiro] e perceber que, depois de tanto cravo e tanta festa" acabou "abandonada".