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Sobre uma possível candidatura às presidenciais, André Ventura afirma que é uma decisão que tem de tomar com ponderação.
Na noite desta segunda-feira, André Ventura esteve presente no NOW, onde afirmou que, apesar de confiar na justiça e no trabalho do Ministério Público, diz estar preocupado com "a mentalidade" de que se vence adversários políticos através de processos e queixas.
"Eu respeito muito e confio no Ministério Público e na Justiça do meu país, sempre confiei. Mas estou preocupado com esta mentalidade, que agora parece valer sempre, de que quando não se concorda com o adversário político quer-se prendê-lo e queremos pô-lo na cadeia. Fizemos uma ação que eu acho que era indispensável no Parlamento, para mostrar o que os políticos estavam a fazer nas nossas costas (...) Parece que há uma lógica, e isso é que me preocupa, em Portugal, de que não se vence os adversários políticos com argumentos e com debate, que é como devem ser vencidos, mas vence-se dizendo que cuidado se não vais para a prisão", afirmou o líder do Chega.
Em relação ao fim do corte salarial aprovado pelo Governo, André Ventura afirmou que se trata "de um aumento" e que "não é o Chega a usar a mentira ou a distorcer a realidade para conseguir ganhar votos".
O líder do Chega disse ainda que as últimas discussões sobre as pensões, o IRC e IRS Jovem, foi "um fingimento" para "esconder a realidade e aprovarem aquela lei [fim do corte salarial a cargos políticos]".
"O que estava a ser discutido nas costas em segredo, era um aumento dos salários dos políticos que nem António Costa se atreveu a mexer. Nós dizemos mesmo assim. Não só estamos contra este corte, como abdicamos de o receber para mostrar que estamos mesmo contra", defendeu.
Sobre concorrer às presidenciais, André Ventura afirma que é uma decisão que tem de tomar com ponderação, mas não elimina essa possibilidade.