Agravada a pena à mulher que mandou matar o amante e ao cúmplice que executou o crime de 19 para 23 anos

| 13 de Abril de 2025 às 13:58
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Penela

Os juízes consideraram que a vítima foi atacada de forma traiçoeira.

João Ramos, de 58 anos, residente em Penela, foi atraído pela amante a pretexto de falarem sobre o relacionamento que mantinham. Viajou no carro da arguida, de 31 anos, sendo seguidos por dois cúmplices. Na zona de Miranda do Corvo próximo da A13, Joana Batista parou o carro e os dois homens atacaram João Ramos, ainda na viatura, com duas facas, desferindo-lhe 15 golpes.

Um ataque que o Tribunal da Relação de Coimbra classifica agora de “dissimulado, imprevisto e traiçoeiro” que evidencia “uma vincada perversidade”, condenando os arguidos a 23 anos de cadeia. Joana Batista e um dos cúmplices tinham sido punidos com 19 anos de prisão em primeira instância.

Recorreram da decisão na tentativa de que as penas fossem reduzidas, mas os juízes desembargadores agravaram-nas. Deram antes razão ao recurso do Ministério Público agravando a pena relativamente ao homicídio e condenado-os também pelo crime de detenção de arma proibida, de que tinham sido absolvidos.

O acórdão considera que o ataque de que João Ramos foi vítima lhe “retirou todas as possibilidades de defesa” tornando-o numa “presa fácil”.

A mulher trabalhava numa pastelaria em Penela, onde os dois cúmplices eram clientes. Um deles ainda não foi localizado, tendo os processos sido separados.