Jornal de Negócios
O multimilionário nascido na África do sul vive num “bromance” com Donald Trump e tem uma influência à escala global.
O empenho e a circunstância de ter colocado a rede social x ao serviço da campanha foram fatores decisivos para garantir o regresso de Donald Trump à Casa Branca.
O recém-eleito Presidente já lhe começou a pagar o esforço, nomeando-o para liderar o departamento de eficiência governamental.
Neste organismo, Elon Musk terá todos os poderes que Trump lhe quiser atribuir, com a vantagem de escapar ao escrutínio do congresso, porque que não irá ocupar formalmente um cargo público.
Além disso, como consultor externo do governo federal, vai manter todos os investimentos e os cargos que ocupa nas suas empresas.
O multimilionário assegura assim o melhor de dois mundos.
Por um lado, pode usar o papel de consultor para beneficiar as suas empresas, que vão da Tesla à SpaceX passando pela Neuralink.
Por outro, garante acesso a uma grande quantidade de informação classificada e terá enorme capacidade de influenciar decisões.
O empresário já possuía uma notoriedade mediática muito acima da média, devido à sua riqueza, mas também por força de um persistente comportamento excêntrico.
Agora, com o apoio a Donald Trump, galgou para o patamar de influenciador político. Aliás, há mesmo quem lhe atribua um grau de preponderância sobre o Presidente eleito dos EUA superior ao do vice-presidente JD Vance.
A efetividade deste poder ficou patente na semana anterior ao Natal. Elon Musk recorreu à rede X para criticar o compromisso que o presidente da câmara dos representantes, o republicano Mike Johnson, tinha alcançado com os democratas para financiar temporariamente as operações do governo dos EUA até meados de março.
O resultado foi que os senadores republicanos acabaram por votar contra a proposta que tinha sido avalizada pelo seu próprio líder. O próprio Donald Trump teve de ir a reboque de Muk, declarando publicamente que também se opunha ao projeto de lei de financiamento do Governo.